“O amor lança fora todo o medo…”

Marcia Evangelista

No dia 26 de junho, em São Paulo, aconteceu a 15ª Parada do Orgulho LGBT com o tema “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia”. Antes do seu início, ocorreu a tradicional coletiva de imprensa, que contou com a presença do governador Geraldo Alckmin, da senadora Marta Suplicy, do prefeito Gilberto Kassab, do deputado Jean Willys, do presidente da APOGLBT, Ideraldo Beltrame, do presidente da ABLGT, Toni Reis, do representante do Mistério da Cultura, Sergio Mamberti e do representante da Frente de Religios@s Contra a Homofobia, Anivaldo Padilha.
A presença desta Frente de Religios@s foi uma novidade na caminhada da comunidade LGBT e um desdobramento da campanha “O amor lança fora todo o medo…”, uma iniciativa de KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço, da Rede Ecumênica da Juventude (REJU) e da Paróquia Anglicana da Santíssima Trindade. O objetivo desta atividade é de contribuir para o engajamento de religios@s nas lutas pela defesa de direitos e pela superação da homofobia.
Conforme Anivaldo Padilha, “Precisamos demonstrar solidariedade pelas agressões simbólicas ou físicas, especialmente aquelas praticadas por líderes religiosos”. Além disto, diante dos debates em torno do apoio ao PLC 122, afirmou: “Queremos mostrar que as igrejas estão divididas e não representam a unanimidade dos religiosos sobre o assunto. Essas lideranças homofóbicas provocam divisões dentro das igrejas e dividem nossos fiéis. Não têm o direito de demonizar nenhum segmento da sociedade e impor seus conceitos de pecado a toda a sociedade e transformá-los em lei. Na teologia cristã, o maior pecado é não amar ao próximo”.
A participação de Anivaldo Padilha na coletiva de imprensa – ao lado dos poderes executivos, de parlamentares e de militantes – trouxe visibilidade para esta atuação ecumênica e demonstrou que as comunidades religiosas não possuem um único discurso sobre os direitos e a justiça em relação à parcela LGBT da população brasileira. Além disto, pelo apoio recebido, sinaliza que esta atividade deve continuar como uma campanha em favor da diversidade sexual e contra a homofobia, acontecendo com distintas mobilizações.
Com informações do Programa Saúde & Direitos de KOINONIA
 
 
 
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