Márcia Evangelista
Por Jorge Atilio Silva Iulianelli*
Desde 1997 KOINONIA promove ações com juventudes em cidades dos interiores do Nordeste, em especial nas zonas rurais do sertão da Bahia, Pernambuco e Alagoas, cooperando com organizações camponesas como o Pólo Sindical dos Trabalhadores Rurais do Submédio São Francisco (BA/PE), Sindicatos de Trabalhadores Rurais da Bacia Leiteira, Alto e Médio sertão de Alagoas e com a Cooperativa de Banco de Sementes (AL). A principal metodologia que emergiu dessa ação com as juventudes é o Curso de Formação de Agentes Culturais. Em relação às juventudes dos terreiros de Candomblé, de Salvador, a partir de 2007, foi iniciado um conjunto de iniciativas de identificação das demandas dessas juventudes, que culminou com a participação de alguns jovens de terreiros na Rede Ecumênica de Juventude (Reju) e na formação do grupo Obabyan. Em 2010, jovens estudantes noruegueses e a organização Ajuda das Igrejas da Noruega (AIN) propuseram a KOINONIA e outras cinco organizações brasileiras (Fase, Ibase, Viva Rio,
Para responder a esse desafio, KOINONIA deu início em
Nos dias
A principal metodologia será a realização de ações culturais, elaboradas, promovidas e socializadas pelos próprios jovens, para promover direitos da juventude e justiça climática nessas cidades. O início das atividades será uma pesquisa aplicada pelos jovens para identificarem as principais demandas de direitos das juventudes nas regiões das cidades em que eles vivem. Para tanto, haverá uma formação de jovens pesquisadores nos dias 6 e 7 de maio. O mais fundamental do projeto será a afirmação das relações inter-geracionais, a valorização das espiritualidades e do respeito inter-religioso, e a promoção das lutas das juventudes por direitos e justiça socioambiental nas cidades. Os saberes locais serão valorizados pelo projeto, incentivando iniciativas produtivas locais que permitam aos próprios jovens gerarem valorização da auto-estima e inserção em cenários de mercado de trabalho local que valorizem o direito das juventudes. Haverá um processo de formação, para geração de ações culturais, iniciativas produtivas e intercâmbio de juventudes ao longo de cinco anos. A interação com as lideranças das organizações tradicionais e dos terreiros é fundamental para o avanço desta iniciativa.
Veja o vídeo com os depoimentos dos jovens participantes do Curso de Formação de Agentes Culturais, acessando: http://palavradejovemrural.blogspot.com/2011/04/depoimentos-de-jovens-sobre-o-curdo-de.html
* Assessor de KOINONIA – Presença Ecumênica e Serviço responsável pelo Programa Juventude e Direitos nas Cidades