Saúde é tema de encontros na Bahia

Jussara Rego

Dentro das ações do Projeto “Capacitação e Apoio ao Desenvolvimento de Comunidades Negras Tradicionais no Brasil”, continuam as atividades de sensibilização em saúde que abordam as temáticas de relações de gênero, saúde reprodutiva, prevenção de DST’s e HIV/AIDS para as comunidades de Candomblé e comunidades negras litorâneas.

Destaque para os encontros realizados em Salvador, no dia 27 de junho, e no Baixo Sul Camamu, nos dias 11 e 12 de julho, onde a Monitora de Ciclos de Capacitação, Ana Gualberto, e a assessora de Saúde e Direitos, Ester Lisboa, foram as facilitadoras. O coordenador do Programa, Rafael Oliveira, apoiou o encontro em Salvador. Nos encontros, os participantes puderam tirar dúvidas e receber informações através de dinâmicas e conversas em grupos. Na opinião da assessoria, falar sobre saúde reprodutiva, preservativos e relações de gênero só foi possível mediante o clima de descontração dos grupos atendidos. Um dos assuntos abordados foi o da importância da mudança de comportamento mediante a necessidade da contenção da pandemia do HIV, principalmente tendo os homens como co-responsáveis. Formas de transmissão e de prevenção foram destacadas para que não houvesse dúvidas. O mais fascinante foi discutir relações de gênero, tema desenvolvido a partir de técnicas que provocaram um repensar nas atitudes enraizadas pela cultura.

Participaram dos eventos cerca de 180 pessoas, entre mulheres, homens e jovens, de 46 comunidades de Salvador e de 16 comunidades dos municípios de Camamu, Nilo Peçanha, Igrapiúna, Ituberá e Maraú (Baixo Sul).

A proposta é dar continuidade à discussão e fazer frente à enorme carência das comunidades negras tradicionais no acesso ao tema da saúde. O desafio no Baixo Sul é vencer as dificuldades da distância das comunidades em relação à sede dos municípios, que restringe o acesso delas às informações que necessitam e têm direito.

A avaliação do programa é de que este grupo tem um grande potencial para multiplicadores em saúde e que devem ser estimulados e motivados para uma ação efetiva em suas comunidades.

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