Encontro de mulheres quilombolas no RJ

Márcia Evangelista

Aconteceu entre os dias 6 e 8 de novembro, no Acampamento Clay, município de Paulo de Frontin (RJ), o Encontro de Mulheres Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro: “Mulheres Quilombolas: Tecendo sua História”.

O encontro, promovido por KOINONIA e pela Associação das Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro (Acquilerj), reuniu mulheres quilombolas das comunidades de Feital, Maria Conga (Magé); Alto da Serra (Lídice); Bracui (Angra dos Reis); Rasa (Búzios); Fazenda Botafogo (Cabo Frio) e Cruzeirinho (Natividade).

Os objetivos principais do encontro foram propiciar a troca de experiências das mulheres através do compartilhamento das histórias de vida e lutas de cada uma e informar e incentivar a participação dessas mulheres negras quilombolas em fóruns, redes, conselhos municipais e estaduais.

No primeiro dia, o grupo pôde ver a exposição “Mulheres Negras”, montada pelos organizadores do encontro, e assistir a exibição do filme “As filhas do vento”, de Joel Zito Viana, que aborda o preconceito e o racismo na vida das mulheres de uma pequena cidade do interior do Brasil. Outra atividade realizada no primeiro dia foi a dinâmica “Mercado Africano”, que abordava a questão da identidade da mulher negra. A atividade foi desenvolvida por Ana Gualberto, do Programa Egbé Territórios Negros de KOINONIA.

No segundo dia, a programação teve início com um debate sobre o filme As filhas do vento. Em seguida, as mulheres participaram de uma dinâmica com o tema História de Vida, um momento de troca de experiências. O Programa Saúde & Direitos, de KOINONIA, promoveu ainda uma sensibilização sobre o tema Saúde Reprodutiva e Sexualidade, conduzida pela assessora do S&D, Ester Lisboa.

O último dia foi marcado pelo debate sobre o papel da mulher na Acquilerj e a possibilidade da criação de uma Secretaria das Mulheres na Associação.

Foi a primeira vez que mulheres quilombolas do estado estiveram reunidas para expor e ouvir suas experiências em comunidades e afirmar a identidade da mulher negra quilombola no estado.

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