Márcia Evangelista
No dia 2 de agosto, o Programa Egbé Territórios Negros, de KOINONIA, participou da “1ª Oficina para Construção do Acervo Comunitário Quilombola nas Baixadas Litorâneas: Um suporte à memória viva das lutas dos remanescentes de quilombo na região”, realizada no Quilombo da Rasa, no município de Búzios (RJ).
O encontro foi promovida pelo Projeto ACUIA – Acervo Comunitário ‘Dona Uia’: Assessorando a construção da Memória viva do Quilombo da Rasa. O projeto ACUIA faz parte das atividades de extensão desenvolvidas através do Pólo Universitário da Universidade Federal Fluminense em Rio das Ostras (UFF/PURO) e vêm acontecendo desde dezembro de 2007, junto ao Quilombo da Rasa.
A oficina foi organizada com o objetivo de propiciar um espaço de articulação entre os núcleos remanescentes de quilombo situados nas Baixadas Litorâneas, instrumentalizando-os para a formulação de estratégias de fortalecimento de suas lutas. A criação de um acervo cultural dessas comunidades quilombolas visa contribuir na preservação de sua herança cultural e material. Participaram como palestrantes a professora de Serviço Social (UFF) e coordenadora do Projeto ACUIA, Valéria Rosa Bicudo; o estudante de Ciências Sociais (UFRJ), João Ciro da Silva; Dona Uia (Presidente da Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo da Rasa); o chefe de escritório técnico do Iphan
O público era composto por moradores do Quilombo da Rasa e do assentamento Botafogo, em Búzios.
Projeto Oficina de Direito à Memória
Como parte da programação, KOINONIA apresentou as ações desenvolvidas pelo Programa Egbé, com ênfase no projeto Oficina de Direito à Memória. A coordenadora do projeto, Andréa Carvalho, fez uma exposição onde mostrou o passo a passo da Oficina. Desde 2005, o Núcleo de Documentação de KOINONIA promove junto ao Programa Egbé Territórios Negros essas oficinas voltadas para Terreiros de Candomblé. Dez Casas já participaram formando dez voluntários que hoje trabalham nas bibliotecas criadas nos Terreiros. As Oficinas transmitem a importância da preservação do acervo acumulado nos Terreiros e capacita voluntários de cada casa para o processamento técnico que envolve a organização do patrimônio. Os participantes das oficinas aprendem técnicas de cadastro e armazenamento de livros, revistas, jornais, fotografias, documentos administrativos e materiais digitais (disquetes, cds, dvds, etc.).
Segundo Andréa, a recepção foi muito positiva, pois houve uma grande identificação do público presente com a metodologia apresentada pelo projeto.
Mais notícias sobre o tema no site de KOINONIA:
Publicado em: 28/4/2008
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Publicado em 29/5/2008