Série Mulheres – Mãe Helenice, do Ilê Axé Omim JObá

Helena Costa

KOINONIA: Qual a principal (ou principais) dificuldade (s) dos Terreiros de Candomblé de Salvador atualmente?

Mãe Helenice: Olha, a maior dificuldade mesmo é a econômica, a falta de recursos para manutenção dos Terreiros. E depois a intolerância religiosa, que é motivo de grande perseguição das religiões afro.

KOINONIA: E esses dois problemas afetam da mesma forma homens e mulheres no Candomblé? Ou atinge igualmente Casas comandadas por homens e por mulheres?

Mãe Helenice: Sim, eu acredito que sim. Tanto na falta de recursos quanto na intolerância. Mesmo as Casas que possuem homens no comando, Babalorixás, muitas vezes são as mulheres que cuidam, então dá no mesmo.

KOINONIA: E na luta para superar esses problemas, qual é a sua percepção sobre a atuação de homens e mulheres? Há diferenças?

Mãe Helenice: Não, não percebo diferença não. Quando vou às reuniões de KOINONIA [encontros dos Terreiros atendidos pelo programa Egbé] vejo um número grande de homens, a mesma participação. Estamos todos juntos, no mesmo barco.

 

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