Manoela Vianna e Helena Costa
No dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, 21 de março, KOINONIA recebeu uma Moção de Louvor por seu trabalho, entregue na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Além de KOINONIA, diversas outras entidades e personalidades que se destacam nessa luta no Rio de Janeiro foram homenageadas. A iniciativa foi do vereador Eliomar Coelho (PSOL), em parceria com o Movimento Negro Unificado, o Coletivo de Negros e Negras e o Fórum Estadual de Mulheres Negras.
KOINONIA recebeu a moção pelo trabalho desenvolvido pelo Programa Egbé Territórios Negros, que assessora comunidades quilombolas do Rio de Janeiro e de outros estados na busca pela garantia de seus direitos. O documento afirma que em honra ao Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial (…) esta Casa de Leis cumpre sua função de representante do povo carioca e rende sua homenagem à KOINONIA, ao tempo que lhe oferece esta MOÇÃO DE LOUVOR, por sua contribuição à luta pela eliminalçai da discriminação racial.
O evento foi aberto por saudações de representantes de entidades ligadas à luta pela eliminação da discriminação racial. Adriano Lima – quilombola da Ilha da Marambaia e representante da Associação de Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro (Acquilerj) – fez parte da mesa e foi um dos oradores.
Lima afirmou que as comunidades quilombolas sofrem atos de violência diariamente, como aconteceu com a comunidade da Ilha da Marambaia, que teve seus direitos desrespeitados pelo governo no processo de regularização fundiária de suas terras. O Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) do Incra sobre a comunidade da Ilha da Marambaia foi publicado no dia 14 de agosto e revogado no dia seguinte pelo próprio Instituto. Diversas entidades como KOINONIA fazem parte da Campanha Marambaia Livre! que luta para a garantia dos direitos dessa comunidade.
O Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial
No dia 21 de março de 1960, na cidade de Joanesburgo, capital da África do Sul, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde podiam circular. No bairro de Shaperville, os manifestantes se depararam com tropas do exército. Mesmo sendo uma manifestação pacifica, o exército atirou sobre a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186.
Esta ação ficou conhecida como o Massacre de Shaperville. Em memória à trajédia, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 21 de março como dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
Saiba mais sobre o trabalho do Programa Egbé desenvolvido com comunidades quilombolas lendo as notícias:
Remanescentes de Quilombos reúnem-se no Rio
Lançada edição dupla do informativo TN
Encontro de comunidades quilombolas do RJ
II Encontro de Etnodesenvolvimento Quilombola
Saiba mais sobre a Campanha Marambaia Livre! lendo as notícias:
Vitória da Marambaia na Justiça
Quilombolas da Marambaia processam Incra
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Relatório Técnico do Incra publicado no D.O é invalidado horas depois
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Em defesa dos quilombolas da Marambaia