Comunicação Koinonia
Na manhã do segundo dia de Jornada, 13 de outubro, todos os participantes assistiram o painel “Desafios: Ecumenismo e Direitos Humanos”. A atividade foi iniciada com uma apresentação do Fórum Ecumênico Brasil (FE Brasil) feita pelo Bispo Maurício de Andrade, da igreja anglicana. O FE Brasil, promotor da segunda e da terceira jornada ecumênica, reúne organizações e igrejas para fortalecer o ecumenismo. O bispo Santos ressaltou a importância da união dos países da América Latina para fortalecimento do movimento ecumênico.
Logo após a apresentação do FE Brasil, o argentino Aldo Etchrgoyen, bispo da Igreja Metodista e membro do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), fez uma análise das iniciativas dos movimentos sociais na América Latina nos últimos anos. Usando o conceito de redes – símbolo da Terceira Jornada Ecumênica – o bispo Aldo afirmou que vivemos num mundo de redes a serviço da morte e outras a serviço da vida. Citou as redes de armas como exemplo das primeiras; as redes ecumênicas representam as de vida. O bispo afirmou que redes de vida impedem instrumentos do poder hegemônico como a criação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Além disso, Etchrgoyen afirmou que encontros como a Terceira Jornada Ecumênica tem um sentido de dizer “basta” principalmente a falsa liberdade imposta pelo livre comércio.
A secretária executiva da Cese (Coordenadoria Ecumênica de Serviço), Eliana Rolemberg, participou do painel fazendo uma análise do atual governo. Relembrou o momento de otimismo quando da eleição de Lula e constatou a atual decepção face os poucos avanços nas questões ligadas aos Dhesc-a (direitos humanos, econômicos, sociais, culturais e ambientais) e com os escândalos de corrupção. Para Eliana, a Reforma Agrária e as questões de gênero avançaram poucos passos no governo vigente. Assim, a representante do Cese concluiu sua apresentação elegendo a luta pela Ética na política um dos desafios do ecumenismo.
O painel foi encerrado pelo coordenador dos programas Trabalhadores e Direitos e Ecumenismo e Direitos de KOINONIA, Atílio Iulianelli. Ele iniciou sua intervenção explicando que a palavra ‘ecumenismo’ originalmente significa ‘terra habitável’. Logo, o ecumenismo já é um desafio em si pressupõe que nossa presença no mundo seja tal que o torne habitável. Atílio completou dizendo que este sentido ecumênico justifica a defesa dos direitos Humanos.
A exposição de idéias no painel foi o ponto de partida para a primeira atividade em grupo da Terceira Jornada Ecumênica. Os participantes foram divididos em grupos para aprofundar e refletir sobre os desafios citados durante o painel entre outras reflexões sobre ecumenismo e direitos humanos.