O Quilombo do Jatimane, por meio da Associação Comunitária do Jatimane promoveu, entre os dias 18, 19 e 20 de novembro, uma das maiores edições do seu Novembro Negro, com o tema “Raízes Quilombolas: Memória, Ciência e Resistência – Luta por reparação e bem viver.” A programação reuniu centenas de participantes, fortalecendo a identidade quilombola, valorizando saberes ancestrais e destacando iniciativas comunitárias de ciência, cultura e economia solidária.
O evento foi uma realização da Associação Comunitária do Jatimane (ACJ), com apoio de Koinonia, Universo Paralelo, Prefeitura Municipal de Nilo Peçanha, Gomes e Gomes, UESC e demais organizações parceiras.
Durante os três dias, o público acompanhou feiras de empreendimentos locais, rodas de diálogo com pesquisadores, gestores e lideranças comunitárias, apresentações culturais, manifestações tradicionais e a II Feira de Ciência do Jatimane, que este ano teve como tema “O futuro é ancestral”. A feira apresentou trabalhos produzidos por estudantes quilombolas, integrando saberes tradicionais e práticas científicas contemporâneas.
A programação também contou com o Grupo Cultural Zambiapunga, apresentações das comédias locais, cortejos, performances artísticas e atrações musicais como Samba de Lua e Samba da Gente, que encerraram as noites com música e celebração.
O evento finalizou com a Corrida Quilombola Pratigi → Jatimane, atividade que integra esporte, saúde, território e ancestralidade, reforçando a relação da comunidade com sua história e com a natureza.
“Segundo a organização, o Novembro Negro no Jatimane reforça o papel estratégico das comunidades quilombolas na preservação da memória, na luta por reparação histórica e na construção de caminhos para o bem viver. A iniciativa reafirma o compromisso da ACJ e dos parceiros com o fortalecimento dos direitos, da cultura e das perspectivas de futuro do povo quilombola”.