Ana Gualberto
Iyá Oju Omo Ilê Adufé
Coordenadora de ações com comunidades tradicionais de KOINONIA
Editora do Observatório Quilombola
Nosso ano começa a todo vapor na correria para organizar as atividades em torno do dia 21 de janeiro, dia nacional de combate à intolerância religiosa no Brasil, lei 11.635/2007. Para nós de KOINONIA, este tema é estruturante em nossas ações e em nosso posicionamento quanto à organização da sociedade civil, já que o direito a viver sua religiosidade é de fundamental importância para todas as pessoas. Institucionalmente nos envolvemos desde o início do caso Mãe Gilda[1], mantemos parceria ativa com o Abassá de Ogum e com Mãe Jaciara. Neste sentido, há alguns anos estamos apostando em desenvolver não só um evento, mas em marcar o mês de janeiro como o mês da afirmação da liberdade religiosa. Este ano KOINONIA apostou em realizar ações em espaços cristãos, além dos espaços dos terreiros. Convocamos nossos parceiros a realizar atividades, juntamos gente que acredita que é possível viver a pluralidade religiosa de forma respeitosa e harmônica. Compartilho com vocês um pouco do que vivemos aqui na Bahia e em conexão com os eventos organizados no Rio e em São Paulo. Começamos nossa semana no domingo, dia 19, com a celebração na Igreja Batista Nazareth[2] que foi uma das comunidades religiosas que acolheu as atividades públicas de debate sobre a afirmação da liberdade religiosa e compartilhou seu testemunho de luta e de construção de uma sociedade pra todas as pessoas.
O dia 21 foi repleto de atividades:
Pala manhã estivemos no monumento onde se encontra o busto de Mãe Gilda, localizado na lagoa do Abaeté, onde aconteceu um ato inter-religioso com a presença de cristãos e religiosos de matriz africana. Na sequência, participamos de uma roda de diálogos no Abassá de Ogum, onde falamos sobre o ecumenismo que KOINONIA vivência, sobre diálogo inter-religioso e sobre as ações do FEACT Brasil no que tange à promoção da pluralidade religiosa.






Durante a semana, divulgamos em nossas redes sociais 20 casos de intolerância; Alguns seguem sendo apurados pelas autoridades. Relembrar estes casos nos faz reafirmar a necessidade do acompanhamento e da cobrança pública pela apuração de cada caso.
Ainda por meio das redes sociais, recuperamos nossas publicações sobre o tema, que estão disponíveis no acervo de KOINONIA.
Publicações de KOINONIA para download: Caminhos abertos para superar o ódio e a intolerância na Bahia de Ana Gualberto e Camila Chagas: https://bit.ly/37fBT81 Por uma perspectiva afrorreligiosa: estratégias de enfrentamento ao racismo religioso de Lucas Obalera de Deus: https://bit.ly/2TUXJdh Candomblé: Diálogos Fraternos para Superar a Intolerância Religiosa: https://bit.ly/2GbLpx0 Dossiê intolerância religiosa: https://bit.ly/2GbI9BH Candomblé e intolerância religiosa de Ordep Serra: https://bit.ly/38qBKP3 Mobilidade religiosa: coexistência ou intolerância de Walter Altmann: https://bit.ly/38pYQ8D Marcas da intolerância religiosa no Brasil. Contexto Pastoral: https://bit.ly/2TJpSnl Fé X Intolerância: https://bit.ly/37gTiNs Intolerância Religiosa, 2009, Bahia: https://bit.ly/2NM8YRe Intolerância Religiosa – Ameaça à Paz: https://bit.ly/2RPYkKD Acesse a biblioteca online: http://koinonia.contempory.com/bnportal Em tempos de tanto ódio, acreditamos que por meio do diálogo e da construção de estratégias coletivas, podemos, sim, modificar este cenário nefasto. Lutamos por um mundo mais justo e harmonioso. Este é nosso compromisso como organização de pessoas de fé. Somos KOINONIA. Mais imagens das atividades: https://bit.ly/2RYbFR6 [1] Saiba mais acessando: https://koinonia.org.br/noticias/mae-gilda-vive-apesar-da-intolerancia-racismo-e-violencia-mae-gilda-resiste-actuandounidas/6403 [2] Acesse mais imagens e vídeos em https://www.facebook.com/igrejabatistanazareth/ [3] Saiba mais acessando: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2018/11/23/com-mais-de-3-seculos-igreja-na-ba-guarda-historia-de-uma-das-principais-irmandades-negras-do-pais-fe-e-resistencia.ghtml
Ana Gualberto 